25 novembro 2011

Good vibes…


Ando já há algum tempo a pensar num tema para escrever.
Ultimamente tem escasseado o tempo para pensar e escrever tolices, que é disso que este blog vive…, de tolices…
Porque não falar de “renas”? Já que estamos a exactamente um mês do Natal…! Seria um tema tão legítimo como qualquer outro!
Melhor, “renas e veados” para não ser tão restrito.

Será um pouco cedo para abordar um tema aproximado ao Natal, mas a verdade é que em anos de vacas gordas e ausência de medidas de austeridade, já teríamos por esta altura tudo quanto é montra de loja, devidamente decorada a rigor, com motivos natalícios e artigos ao triplo do seu preço real.

O tema “renas e veados” encaminha-me de imediato para outro lado…, para a “Casa dos Segredos 2” e seus concorrentes, mas sobre estes pobres coitados não vou escrever.
Não seria justo escrever sobre pessoas que muito provavelmente não saberiam ler este texto e não se poderiam defender devidamente!

O que me deixa de mãos e pés atados, porque na verdade também não tenho mais nada a falar, nem sobre renas e muito menos sobre veados. Poderia mencionar alguns…, mas não, é melhor não…

O que me leva de volta ao ponto inicial deste texto… a falta de tema! Rais foda!

Não deixa de ser irónico o facto de ser nos momentos mais conturbados da vida, que saem os melhores textos (se é que se pode utilizar algum adjectivo positivo para classificar um texto meu…), o que reforça a ideia de que se pode ir buscar sempre água ao poço mais fundo e mais escuro.
É tão irónico como um canhoto querer reivindicar o seu direito.
Poderia então falar do binómio “prostração / criatividade” e da sua proporcionalidade directa. Mas não me apetece!

Posso também falar de poços. Poços fundos e escuros. Posso! Buracos negros. Buracos negros e revelações, parafraseando e traduzindo um título musical de um famoso grupo britânico, que como sabem, é muito do meu agrado.
Mas nesse caso, para não deturpar o espírito da letra, vejo-me na obrigação de falar também de desejos e expectativas. Desejos e expectativas, buracos negros e revelações.
Ora vamos cá tentar então:
Desejos…, desejos…, desejos…, pppfffffffffffffffffff… ora bem, ajudam, os desejos ajudam-nos a orientar a vida. Desejamos, orientamos, planeamos, criamos e falhamos. Falhamos porque temos expectativas diferentes. É para isso que servem as expectativas…, para mostrar que não vale a pena planear a vida. Vale a pena desejar, mas não vale a pena planear. Pelo menos há coisas que não vale a pena planear. A vida mostra sempre que as nossas expectativas estavam erradas. Mas atenção! Não quero com isto dizer que a vida tenha de correr mal. Muitas vezes corre melhor do que esperávamos, mas corre sempre, é certo, de forma diferente do que tínhamos esperado (diferente das nossas expectativas).
Buracos negros…, buracos negros…, esta vai ser mais difícil. Servem sempre para alguma coisa, mesmo considerando que a profissão de mineiro já teve dias melhores (mesmo que nunca chegassem a ver a luz do dia durante os melhores dias das suas vidas). Mas isto só prova que mesmo do buraco mais negro e independentemente do tempo que se passa lá dentro, consegue-se trazer sempre riqueza à superfície, não necessariamente algum tipo de minério, mas o género de riqueza inqualificável e inquantificável, que é certamente uma das melhores revelações que a vida nos pode dar.
Vai buscar!!!