03 agosto 2012

cientologia... nada de invulgar...

Bem sabem que considero o tema “Religião” muito sensível, e evito de toda a forma, qualquer tipo de discussão à volta do mesmo. Mas desta vez, e no seguimento de algo que ouvi e li há uns dias, não posso deixar de escrever umas coisas a propósito da Cientologia (abstraindo-me de todo o meu sentido crítico e considerando de facto a Cientologia como uma religião… religião pateta vá lá…). Não querendo sequer abordar a questão dos “dogmas” centrais desta patetice, desculpem, desta seita, desculpem, desta religião, centrar-me-ei na interessante e lúdica questão do “mito da criação”. Ora, então cá vamos: De acordo com a wikipedia, a cientologia é um sistema de crenças fundado em 1952 por um autor de livros de ficção científica Norte-Americano – Ron Hubbard (nada de invulgar até aqui…). Segundo Hubbard e a cientologia, há exactamente 75 milhões de anos, vários planetas reuniram-se numa “confederação de galáxias”, governada por um líder maléfico chamado “Xenu”. Esta confederação de galáxias era composta por 76 estrelas e 26 planetas, incluindo a Terra (então chamada de “Teegeeack”). Sucede que os planetas sofriam de sobrelotação (problema sério, como se sabe). Xenu, terrível ditador intergaláctico, na ameaça e eminência de ser deposto pela falta de medidas concretas, criou um plano, com ajuda de psiquiatras, para resolver o problema. (nada de invulgar até aqui…) Consta-se que juntou biliões de indivíduos, paralisou-os e congelou-os numa mistura de etanol com glicol (terá sido bagaço com mel…???). Os capturados foram então transportados para o local de extermínio, o planeta Terra, em aviões cujo design se assemelhava aos actuais DC-8 (mas sem turbinas, atenção!!!...), foram descarregados em bases de vulcões por todo o planeta, e com o auxílio de bombas de hidrogénio dentro dos vulcões, os indivíduos foram exterminados. (nada de invulgar até aqui…) As almas das vítimas, quando arremessadas para o ar com a explosão, foram capturadas pela equipa especializada de Xenu e posteriormente injectadas no mundo em “zonas de vácuo”, onde foram colocadas numa espécie de cinema para assistirem a filmes 3D, para implantação de “ideias incorretas”, como Deus, Diabo e as religiões. Crê-se que as “estações de implantes” se encontravam situadas no Havai e nas Canárias. No fim das projecções, as almas agruparam-se aos milhares nos poucos corpos físicos que sobreviveram às explosões. (nada de invulgar até aqui…) Consta-se que uma milícia autodesignada de “Oficiais Leais” finalmente derrubou o governo de Xenu, aprisionando-o numa armadilha eletrónica nas montanhas, de onde não terá escapado até hoje (embora a localização desta armadilha seja desconhecida). A Terra foi abandonada pela Confederação e permanece como um planeta-prisão menor, apesar das constantes invasões alienígenas das Forças Invasoras desde então. Não sei, mas quer-me parecer que este Hubbard, apesar de ter sido um sujeito um tanto ou quanto pateta, tinha de facto vocação para os livros que escrevia. Não vejo nada de invulgar nesta história, se a considerarmos como uma história de BD ou cinema fantástico. Aliás, esta coisa de “terríveis ditadores intergalácticos” é de facto corriqueira e desculpem lá, mas para mim, ditador intergaláctico há um só, ou melhor, uma só, a chanceler Alemã. Mas se, por outro lado, considerarmos que é esta a história base que dá origem a um movimento que é já considerado como religião em alguns países, tudo isto começa a cheirar a esturro e fica-me a parecer que o Hubbard era sem dúvida muito pateta mas igualmente inteligente (sabendo tirar proveito do facto de viver num país de muitos patetas com pouca inteligência). Parabéns Hubbard, qual génio da BD e do marketing…! E eu a julgar que a história de Jesus era estranha e duvidosa…